O Povo é sábio…
(…) nem sempre a competência técnica é suficiente para fazer um bom médico. O serviço pode estar muito bem organizado, com técnicos muito competentes, mas a medicina é muito mais do que isso: é humana, precisa de Amor e de criar empatia. Uma boa relação médico/doente, vale mais que muitos medicamentos. Não são os melhores estudantes aqueles que nos dão os melhores médicos, mas aqueles que, além dos conhecimentos tem sensibilidade para ouvir e compreender aqueles que os procuram. Embora tenha que ser remunerado, o médico que é médico não trabalha apenas para ganhar dinheiro mas sim para aliviar o sofrimento dos outros. Os doentes não são números, não são casos, são simplesmente pessoas desajustadas física, mental ou socialmente (ver a OMS, definição de Saúde: - saúde é o bem-estar físico psíquico e social da população).
A sociedade de hoje esqueceu completamente o valor da emoção na saúde das pessoas. Muita tecnologia, muita informática preocupada em diagnosticar doenças e escolher os químicos que melhor as possam tratar, e cada vez menos preocupação em combater as reais causas da maior parte dessas mesmas doenças: o desequilíbrio emocional e o stress resultante da própria sociedade em que vivemos.
A medicina hipocrática foi em grande parte esquecida, e hoje dá-se mais importância aos custos da saúde, do que ao socorro de quem sofre: o doente.
(…) a medicina sem amor, sem empatia, por muito avançada que esteja tecnicamente, de pouco ou nada serve(…).
João Barros de Bettencourt
Jornal das Caldas - 01Mar06
1 comentário:
Sim, por isso mesmo tem de se rever todas as "barbaridades" existentes na área da saúde pública para que não se continuem a cometer os mesmos erros que até aqui se têm cometido.
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